segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Um dia no dentista!


A odontologia avançou muito nos últimos anos, mas eu tenho que admitir que isso para mim ainda era uma atividade medieval. Fazia muito tempo que eu não ia ao dentista, suava frio só em ouvir o nome de dentista. Para mim, sentar na cadeira do dentista era instrumento de tortura, até conhecer a Dra. Sara Santiago Lopes e sua auxiliar Elisvânia Brito. Eu tinha medo de dentista, verdadeiro pavor do som daquela maquininha que perfura nossos dentes como se abrisse um buraco em calçadas. Dava-me calafrios só de imaginar a boca aberta, com a “mangueirinha que gruda”. Tudo isso já tinha se tornado uma fobia, bastava colocar os pés em um consultório para começar meu ataque de pânico, ansiedade, suor frio e falta de ar. É claro que um dia eu ia ter que enfrentar tudo isso, pois precisava com urgências de tratamentos odontológicos. Meus dentes estavam indo de mal para pior, marquei uma consulta, cheguei ao consultório desconfiada, sentei na cadeira perto da porta, qualquer coisa eu ia me mandar dali, e ao ler meu livro tentava me acalmar e relaxar, mas ao meu lado eu ouvia um menino dizer para sua mãe:

-Estou com medo, você vai entrar comigo né?

A mãe respondeu:

-Fica quieto menino que não tem nada de mais, mas se você não parar de me perturbar eu vou mandar ela arrancar todos os seus dentes.

O menino ficou bem quietinho e não falou mais nada, para a sorte dele e para meu asar eu era na frente dele, e estava chegando a minha hora: frio na barriga, um nó na garganta, o coração parecia que ia sair para dar uma “voltinha”; pensei em ir embora, mas ouvi outra conversa,

Uma mulher dizia:

 -Preciso ir a um compromisso importante e se eu for esperar não vai dar tempo.

Eu com a minha grande vontade de ajudar desse:

-Se você quiser, pode ir na minha  frente, não tem problema, adoro ajudar as pessoas.

A mulher responde:

-Muito obrigado vou aceitar, te devo essa.

Eu disse:

-Que nada, quem ti deve sou eu.

Um grande suspiro de alivio eu dei naquele momento, ainda não era eu, mas eu estava ali, aterrorizada por estar prestes a enfrentar a “maquininha aterrorizadora”. A auxiliar convoca-me:

-Anatália, pode entrar.

A acompanhei após o sinal da cruz, e entramos juntas na sala, lá estava ela, sentada a minha espera, por mais que eu tentasse não conseguia ver seu rosto, com um gorro na cabeça, óculos de proteção, mascara, luvas e o famoso jaleco, era impossível identificar quem estava ali, ela parecia que ia para a guerra, tão bem preparada e vestida... Mas, tudo bem, eu não estava ali para vê-la, e sim para cuidar dos meus dentes.

Ela disse:

- Sente-se.

Sentei-me.

A auxiliar acendeu a luminária e ajustou-a sobre minha boca, eu nunca sabia como ficar na cadeira, se eu ia mais para cima ou mais para baixo, será que é para deixar a boca aberta ou fechada? Minhas pernas tremiam tanto que a iluminaria da cadeira ficava balançando. Lembrava-me uma hotdance, minhas mãos soavam frio.

Ela disse:

- Abra bem a boca, não vai doer nadinha.

Todos dizem a mesma coisa, ela cutuca o dente com um gancho, e pergunta:

- Tá doendo?

-Urgh, urgh, urgh.

Anestesia vai impedir a dor disse ela, armada com uma seringa em sua mão, mas o pior de tudo é o fato de que eu nunca sabia para onde direcionar o olhar enquanto estava ali deitada, de boca aberta, com a dentista debruçada sobre mim, já experimentei olhar para ela, mas o olhar fixo e prolongado pode parecer algo psicótico. E se eu fechar os olhos? Bem, se o fizer ela vai achar que eu estava tão descontraída que vai cortar durante a anestesia e torturar-me até o fim, mas, tenho que falar, que as conversas e as trocas de informações que a dentista e a auxiliar tinham durante a minha visita estavam me deixando bem a vontade, havia também um rádio na sua bela escrivaninha de madeira cor branca e verde bebê, que sempre ficava ligado, e o melhor, era que a dentista cantava também, me acalmava mais ouvi-la cantar que a música do ródio, a música era tudo o que eu precisava, mas o bom humor de Sara e as risadas estavam realmente me fazendo ficar a vontade, quase com vontade de realmente estar ali, o medo foi diminuindo, a tensão desaparecendo, o som da bela voz que cantava estava me fazendo muito bem, depois de um certo tempo, nem parecia que eu estava fazendo tratamento dentário, mas tenho que confessar, estava tão tranquila com a música e tudo tão sereno, que quase me sentia confortável, como se estivesse na casa de um amigo, conversando, ouvindo música e dando risada. Ao final da consulta, não é que meu sorriso estava mesmo mais bonito! Voltei outras vezes ao consultório, e a recepção sempre foi a mesma, o bom humor e o profissionalismo de Elisvânia e as belas canções de Dra. Sara Santiago que ela usa para acalmar os seus pacientes traumatizados como eu, que dão mais trabalho que crianças, o trauma se foi e eu poderia dizer que foi enriquecedora essa experiência e que na cadeira do dentista não me sinto mais frágil, e sim, com o delírio da poesia nos olhos perplexos.

 

CURIOSIDADES

O nome correto da “maquininha aterrorizadora” é caneta de alta-rotação.

Da “cadeira do dentista” (que não é do dentista e sim do paciente) é cadeira odontológica.

E da “mangueira que gruda” é sugador.

 

 

 

 

sábado, 21 de julho de 2012

“Minha criança de todos nós”


Minha criança carrega o melhor de mim, ela ainda gosta de abraço caloroso, proteções misteriosas e de um modo de rezar que o adulto nunca mais conseguiu. Diariamente passeio com ela. É também com quem converso as histórias infinitas que somente a imaginação pode conceber no universo mágico. Ela sempre vem nas decisões de algumas de minhas responsabilidades adultas.

            Eu quando criança tinha o costume de deitar no chão da sala. Minha mãe lavava a casa, eu deitava e dormia, caia no sono profundo. Aquele chão bem limpo e gelado me fazia descansar. Eu olhava as nuvens e pensava que elas eram de algodão doce, imaginava que elas eram desenhos. Ainda lembro-me dos corações, animais, eu achava incrível olhar as nuvens, o céu, ele pra mim sempre tão azul. A noite eu ficava olhando as estrelas ao som de Sandy e Júnior, a cada estrela que passava; um pedido meu. E pela manhã o sol brilhava e me fazia sorrir.

            Quando criança queria voar, chegar ao fim do mundo, encontrar a fada dos dentes, ir para o mundo encantado, escrever uma carta para o Papai Noel, visitar o sitio do Pica-Pau Amarelo, estudar na escola de Hogwarts, queria ir à Fantástica Fábrica de chocolate, ter superpoderes, queria ser médica e das minhas bonecas eu ia cuidar. Eu vivia as aventuras mirabolantes, ficava invisível, meus olhos viam mil quilômetros, atravessava paredes, os ouvidos ouviam além das barreiras do som.

            Lembro-me também dos meus medos, as noites de tempestades que me davam arrepios, os pesadelos, as histórias do bicho papão que se escondia no guarda roupa, o medo de ir ao dentista, o medo do escuro...

            Hoje me pergunto: desde quando eu deixei de me questionar? Aquelas perguntas bobas que eu fazia, como: Por que o céu é azul? De onde vem à chuva? Onde começa e termina o arco-íris? Por que a gente cresce? De onde a gente veio? Porque mãe? Desde quando eu parei de dizer a minha mãe, que eu ia para a casa de uma amiga brincar? Desde quando eu deixei os meus brinquedos de lado? Desde quando eu deixei de ser criança?

            Correu o tempo, hoje não mais criança, e vejo que já não tenho mais o direito de errar como eu errava antes, não posso mais sair nas ruas com as mãos sujas, com qualquer roupa, de qualquer jeito. Tenho que ter uma postura impecável diante da sociedade, não posso mais falar errado. Tenho que fazer faculdade, tenho que ser doutora!

              Os sonhos que eu tinha, foram se perdendo no ar, desiludidos pelos mais velhos, que já deixaram de sonhar, e que a acabaram um dia esquecendo-se de que já foram crianças. A falta de tempo me persegue, e o mundo sempre pedindo mais de mim. Trabalho, trabalho, dinheiro, trabalho, por onde a criança se perdeu? Na verdade “Quanto mais eu multiplico, diminui o meu amor” estou me torno mais crítico, estou perdendo o dom de encontrar a felicidade nas pequenas coisas, sinto dificuldades em manter as minhas opiniões e crenças. Perdi o costume da criança inocente!

            Mas apesar de tudo isso, eu quero ser criança de vez em quando pra eu poder falar sozinho sem me importar com ninguém, lamber os dedos sem culpa depois de se lambuzar todo com chocolate, lamber a tampa do iogurte, de falar bobagens de vez em quando, de fazer bagunça, de gritar, de sentar na frente da TV pra ver desenho animado!

            Minha criança vem no meu peito bem guardada, e a peço que nunca me abandone, pois sem ela, os espelhos não são mais portais, os corredores perdem os mistérios. Eu crescerei, envelhecerei, mas tu tens que ficares bem jovem, para que não morra, quero que você esteja sempre sorrindo, quero que ache que no fim do arco-íris tem um pote de ouro, quero que tenha a certeza de que veio ao mundo para alguma missão. Não adormeça pequenina, segure minhas mãos, quando o peso dos anos chegar!

            É necessário amadurecer, porém não é muito sadio “adultecer”. Endurece o coração e mata a alma, quem amadurece, apesar de todas as responsabilidades, faz questão de ser criança de vez em quando! Ser criança é perseguir a felicidade, é esquecer um pouco das responsabilidades sem ser irresponsável, é nascer de novo a cada dia...

Tenha seriedade, mas não seja rígido,

Reserve um dia da semana pra ser criança de novo,

E veja como é bom sorrir de verdade!
 

Agradecimento a Nádia Bochi pelo titulo da crônica e pela força de publica-la.
Veja o que Nádia Bochi falou sobre a crônica:

Nádia Bochi:
Hoje finalmente li seu texto e me emocionei muito! Você escreveu com a alma! Dá pra sentir o tamanho da emoção que colocou nas palavras!

Conheço bem esses medos de crescer, de se perder, de ser grande. Crescer pode não ser fácil em muitos momentos, mas é nesse processo que está a beleza e o maior aprendizado da vida!{...} No fundo, por mais diferente que sejam as pessoas, são muito parecidas. Falar do quintal de casa é o melhor jeito de conquistar o mundo!{...} Siga em frente na sua escolha, seja de ser repórter, escritora, astronauta. Faça com coração, como fez o seu texto e tudo tem uma chance enorme de dar certo!{...} Publique o texto! É uma bela crônica que poderia chamar,

 "Minha criança de todos nós". Grande abraço! NB

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Simplesmente sorria!



Quando a dor te torturar,
Quando a saudade atormentar,
Quando tudo parecer sem saída,
Sorria...
Sorrir alivia os sofreres,
Traz conforto para alma,
Sorrir acalma...
Se a tristeza te aproximar, desarme-a sorrindo,
As lágrimas sempre secam com um sorriso,
Um sorriso é valioso demais para se esconder,
Então sorria para a vida,
Sorria para as pessoas,
Sorria para o amanhecer,
Sorria para os obstáculos...
Sorria e agradeça a Deus pela vida,
Então Pare com esse mau humor,
Se tu fizeres isso,
Não serás um bobo alegre que saia por ia sorrindo, mas sim,
Uma pessoa feliz que leva a alegria por onde anda,
Nunca deixes de sorrir e amar!
Por mais que sorrir muitas vezes maquile sua dor,
Mas, sorria!E veras que tudo vai melhorar,
Sorria como uma criança,
Em que o sorriso muitas vezes se transforme numa risada incontida daquelas de rir até chorar!
Agarre um raio de sol e desprende-o onde houver noite,
Invente a vida...
Enche-te de esperança,
Enriquece-te de bondade e leva pra quem não a conhece,
Encontre motivos para ser feliz em cada sorriso,
Seja o seu ou não.
Pois sorrir, é fundamental para a saúde!

Autora ANATÁLIA NERY

Mensagem Pense nisso e reflita



Acredite no seu sonho,
Mas não permita que ele se torne uma quimera,
Transforme-o em projeto real, e evite engavetá-los,
Pare de pensar em sonhos apenas como sonhos,
O sonho pelo sonho soa distante, irreal, quase sempre inatingível,
Pare de reclamar!
Isso não vai mudar nada,
Corra atrás dos seus objetivos,
Pois eles nunca vão cair do céu.
Eu sei que seria mais fácil sentar no sofá e deixar a Ferrari para trás, mas se fizerem isso,
Serás iguais a muitos fracassados por ai,
Que tentaram e na primeira dificuldade desistiram,
Não faça isso,
Faça a diferenço do mundo,
Acorde...
Abra os olhos...
Levante-se...
Corra atrás dos seus sonhos!
Pare de colocar obstáculos em seu próprio caminho!
Pois tudo depende do seu querer.
Um sonho sempre é possível,
Independente do que seja,
O que vai fazê-lo não ser possível,
Será você mesmo,
Pois a falta de fé nos leva a acreditar que nada é possível,
Então é preciso ter fé!
Fé em Deus e em você mesmo,
E dizer todos os dias ao amanhecer:
Eu posso, eu sei que é possível, tudo é possível!
Só é preciso que você realmente queira,

“nada é impossível quando a gente acredita na beleza dos nossos sonhos”.

Autora ANATÁLIA NERY



Fogo e paixão!



Vem “poetar” de amor dentro de mim,
Quero beber teu prazer constante,
Quero-te todo dia,
Nem que seja por fantasia,
Trago-te duas taças que transbordam
O vinho do prazer,
O fogo ardente do desejo na mente,
Abraça-me, vem dormir comigo,
Ajuda-me a apagar do peito aquela dor do querer...
Ai, que vontade de ter você em minha boca,
Me ganhas com o teu cheiro,
Seduzes-me com teu olhar,
Sinto por você, uma vontade inacabável,
Essa sua beleza divina me encanta e eu canto o canto,
Quero ver roupas jogadas no chão,
Quero ver fogo e paixão,
A hora do amor chegou!
Somosanjos brincando de amar...
Tu sabes e como sabes provocar-me,
Enche-me de brincadeirinha...
Encosta-se em mim de mansinho,
Acendendo mais a minha explosão,
Minha boca te acaricia,
Me inunda de amor,
À noite se passou e eu ainda estou explodindo de paixão,
Minha voz num sussurro,
Tenta eliminar seu cansaço...
Sou menina, mulher amante,
Sou o fogo que arde de noite e de dia, por ti!

Autora: ANATÁLIA NERY




quinta-feira, 12 de julho de 2012

Pura emoção!


Sala cheia,
Eu e você,
Parece que não há mais nada,
Os olhares se cruzam,
A cada suspiro um sonho,
Cresce este meu desejo de hora em hora,
Os olhares são cada vez mais frequentes,
Teu cheiro enlouquece meus sentidos...
Você chega de mansinho,
E delicadamente coloca sua mão em minha perna,
E acende ainda mais meus sentimentos,
Invade-nos algo crescente,
Você sai,
Eu saio logo em seguida,
E antes mesmo de te encontrar,
Você me puxa,
E leva-me para um lugar aonde só existimos eu e você,
E beija-me!
Olha-me nos olhos,
E fala em meu ouvido,
“Quero que você descubra meus segredos,
Que abra o espaço nas varias formas de se entregar”,
Eu tiro toda a tua roupa,
E como um ritual,
Deslizo as minhas mãos em teu corpo,
Você esquenta a minha pele,
Provoca ardência,
Uma vontade insana,
Nossos corpos se entendem,
Cada poro do teu corpo suspira o prazer,
E no silêncio da noite,
Só consigo ouvir a nossa respiração,
Entrelaço você em meus lençóis,
Tudo parece cinema!
Depois de uma noite esplendidamente prazerosa,
Nos despedimos,
Já com a vontade de voltar,
Para começarmos outra vez uma nova aventura.



Autora: ANATÁLIA NERY

Ai que prazer!


Sinto arrepios sucessivos,
Teus lábios são tão apetitosos e sufocantes,
Sua sensualidade é tão intensa,
Que deveria ser considerado crime,
É tão provocante...
Tão perfeito e sublime,
O teu toque,
Teu beijo,
É o meu desejo,
Sufoques-me,
Invoques-me como tua,
Faz-me enlouquecer,
Faz-me explodir,
Deixa-me em choque!
Há tempos que te desejo,
E você ai, todo pra mim...
Tua boca doce granjeia,
Lábios afáveis atraem-me a você,
Hum, como são doces os seus beijos,
A intensidade aumenta,
Entre os lençóis, sinto teu corpo transpirar,
Sinto teu corpo no meu desvanecer,
Um jogo de prazer...
Jorro palavras de amor,
E no improviso tento expressa,
Que o prazer comigo ficou.

Autora: ANATÁLIA NERY